Maria José Valério, que deu voz à «Marcha do Sporting», morreu esta quarta-feira em Lisboa, aos 87 anos, vítima de covid-19, disse fonte da Casa do Artista.
Intimamente ligada ao Sporting, clube que apoiava incodicionalmente, até pelas roupas que vestia e pelo cabelo com madeixas sempre verdes, Maria José Valério nasceu na Amadora a 6 de maior de 1933, tendo estudado da Escola Primária local e mais tarde no Liceu D. João de Castro, porque queria seguir Direito.
Sobrinha do maestro Frederico Valério, acabou por ser desviada para as artes. Foi o tio que a levou um casting na Emissora Nacional, no qual acabou por ficar. Foi na Emissora Nacional que fez o curso de Preparação de Artistas da Rádio.
Em 1950, com 17 anos, estreou-se no Cinema Tivoli numa festa de aniversário do Sporting Clube de Portugal, na qual interpretou pela primeira vez a célebre «Marcha do Sporting», criada pela dupla Manuel Paião e Eduardo Damas.
A partir daí construiu uma carreira na música, na revista e chegou a entrar no cinema, interpretando um papel no filme, «O Homem do Dia» com o ciclista Alves Barbosa.
Criou sucessos como a «Menina dos Telefones», «Olha o Polícia Sinaleiro» e «As Carvoeiras». Casou com o toureiro José Trincheira, em 1962, e recebeu em 2004 a Medalha de Mérito da Cidade de Lisboa, das mãos do amigo Santana Lopes.
Atualmente estava a viver na Casa do Artista, em Carnide, a qual sofreu um surto de covid-19 que atingiu cinco pessoas. Maria José Valério foi uma delas, o que a obrigou a ser internada. Morreu no Hospital de Santa Maria aos 87 anos.
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