Como nasceu a ideia / conceito Terra Lusa?

Temos de viajar no tempo até 2002. Não parece muito, mas em termos de oferta em lojas de artesanato e até mesmo no número de lojas existentes a diferença é abissal.

Por motivos profissionais, muitas vezes tive de procurar uma lembrança de Portugal para oferecer em reuniões nacionais com colegas estrangeiros ou para levar a colegas que visitava. Procurar uma lembrança de Portugal com uma boa relação qualidade/preço era complicado. As garrafas de vinho eram quase sempre a solução encontrada. Não existiam produtos que divulgassem a cultura portuguesa.

Quando o percurso profissional que tinha se alterou, surgiu a ideia de lançar uma marca que, logo pelo nome, estivesse ligada com Portugal.

A marca Terra Lusa é criada com a missão de através de produtos inovadores, com qualidade, utilidade, de fácil transporte e passíveis de serem oferecidos, divulgarem a cultura, a história e o artesanato portugueses.

Qual a importância das tradições intemporais?

O nosso património cultural define-nos como um povo.

“As nossas tradições, usos e costumes, são o nosso maior legado. São as nossas memórias coletivas como povo, como comunidade, que nos definem e que nos enobrecem.”

De que forma a Terra Lusa contribui para elevar o nome do património cultural e emocional de Portugal?

A forte ligação do nosso artesanato à cultura popular de regiões bem delimitadas circunscreve muitas vezes o conhecimento do mesmo. A distribuição nacional da marca tem de algum modo ajudado ao reconhecimento de muitas artes.

Por outro lado, a aceitação da marca tem permitido o seu crescimento em termos de temáticas abordadas e de suportes de divulgação. Anualmente são lançadas novas referências. A este respeito, dou-lhe um exemplo: este ano adicionámos novos produtos a temáticas já existentes. Foi o caso da caixa de óculos e pano microfibra do bordado de Viana do Castelo, do pano de microfibra do galo de Barcelos e dos eco-sacos do azulejo do século XVIII e da calçada portuguesa. Este último inspirado na calçada do cais do Sodré.

O  teor colecionável da marca Terra Lusa dá-lhe um leque significativo de clientes fixos que procuram a novidade.

Quais os temas das coleções apresentados até agora?

As temáticas abordadas vão desde as mais mediáticas, como os azulejos, as chitas de Alcobaça ou o galo de Barcelos, a outras menos reconhecidas, mas não menos importantes, como os Bordados de Guimarães, as pinturas do mobiliário Alentejano ou a arte de trabalhar as fibras vegetais.

Que artigos fazem parte dessas coleções?

Passo a passo as diferentes temáticas apresentadas em relógios têm vindo a ser representadas noutros suportes. Por exemplo o Fado é apresentado numa coleção que contempla relógio, eco saco, leque, guarda-chuva, capa para livros, pano microfibra e caixa para óculos.

Este ano o tema Bordado de Viana que contava com relógio e leque passou a ter a caixa para óculos e pano microfibra

São artigos utilitários?

Uma das premissas da marca Terra Lusa é que todas as categorias de produtos têm de ter utilidade no dia-a-dia. Os temas acabam assim por se tornar visíveis, quer para quem usa os produtos, quer para quem está perto de quem o faz. Por exemplo, um eco saco que retrate um bordado de Castelo Branco, um leque com uma imagem dum Bordado de Guimarães, um guarda-chuva com azulejos do séc. XVII.

Qual a coleção que fez mais sucesso até hoje?

Em 2005 quando lançámos o relógio com motivos dos lenços de namorados ainda havia um grande desconhecimento do tema.

O tema mediatizou-se e a coleção é a de maior sucesso hoje em dia. No entanto, não podemos deixar de lado a atração que o público tem tido por outros bordados tradicionais.

No ano passado lançámos um leque que homenageia a cestaria e o impacto foi deveras surpreendente.

Que outras coleções tem em mente?  

Hum! …. O nosso património cultural irá sugerir-nos com toda a certeza.

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Para ver todas as coleções, saber preços e fazer encomendas cliquem aqui: Terra Lusa