Retratos Contados da Maria Helena

7-aceitar a felicidade

“Retratos Contados da Maria Helena”

“Pode chocar muita gente! Mas, eu vejo a população mais velha muito bem!”

 

R.C.: Os Retratos Contados são um projeto único, uma vez que estamos a falar da ligação de avós e netos. O que é que pensa de um projecto como este?

Maria Helena: Penso que fazia falta realmente um projeto assim! Uma vez que há poucas coisas nesse género, projetos que falem de avós e netos, acho fabulosa a ligação entre estas duas idades, entre os mais velhos e os novos. Parabéns.

 

R.C.: Quando olha para o nosso país, como é que vê a população mais velha?

M.H.: O que eu vou dizer pode chocar muita gente! Mas eu vejo a população mais velha muito bem! Ou seja, eu lembro-me como viviam a maioria das pessoas mais velhas há 60 anos atrás. Portanto, em relação ao que era há 60 anos atrás, nós estamos muito bem. Evoluímos imenso. Há imensas coisas para as pessoas mais velhas, muito mais apoios…?

 

R.C.: Mais qualidade de vida?

M.H.: Precisamente, mais qualidade de vida! Portanto, estamos muito melhor do que há 60 anos atrás. Nesse sentido, eu vejo que a população mais velha, está muito melhor do que estava há 60 anos atrás. A diferença é abissal! Antigamente, quando se tinham dificuldades, andava-se descalço, passava-se fome e ia-se bater às portas para pedir comer. Agora felizmente não vê isso com a mesma frequência, porque há as igrejas que dão, há também associações para dar comida e muito mais apoios. Hoje em dia, a população mais velha, tem muitos apoios e, há também muita ocupação de tempos livres e outras iniciativas. Portanto, eu acho que estão bem, ou pelo menos muito melhor do que estavam. Claro que se pode melhorar sempre, claro que sim! Há pontos que podem ser melhorados, obviamente que sim mas acho que estamos muito bem.

“Infelizmente, não tive nenhum relacionamento com os avós.”

 

R.C.: Onde nasceu e viveu a sua infância?

M.H: Eu nasci e vivi a minha infância em Moscavide.

 

R.C.: Conheceu os seus avós? Que recordações tem deles?

M.H.: Infelizmente, não tive nenhum relacionamento com os avós. Nem paternos nem maternos.

 

R.C.: E em relação aos seus filhos? Qual foi o papel dos avós na vida dos seus filhos?

M.H.: Quem teve o papel maior na educação dos meus filhos, foi a avó paterna. A minha mãe infelizmente, não tinha possibilidade de acompanhar os netos. Mas a avó paterna teve uma grande influência, principalmente no meu filho mais velho. Ele gostava muito da avó, todos gostavam muito da avó, mas principalmente o mais velho, tinha uma ligação muito forte com a avó. Foi uma avó que os marcou muito pela positiva.

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“É muito bom ter netos! Extraordinariamente bom!”

 

R.C.: Que importância têm tido os netos na sua vida?

M.H.: OS netos têm tido uma importância muito grande. Eles são grandes motivadores do meu trabalho. Já criámos os filhos, agora também pensamos muito nos netos. E como eu tenho vários netos, no total tenho dez, sendo que, duas meninas não são minhas netas, são netas do coração. Mas, como vivo rodeada de tantas crianças, elas acabam por ser também muito motivadoras, para continuar a viver com muita alegria, para não parar de trabalhar, são minhas admiradoras … Principalmente o Diogo, que é o meu neto mais velho, já tem 17 anos, é um grande admirador da avó, aprecia-me muito… Todos eles me apreciam muito de um modo geral! Aliás, também a minha neta Catarina, que está nos Estados Unidos e tem 10 anos, são os dois netos que se preocupam mais com a avó, que seguem mais o meu trabalho…

Mas gosto muito de todos! É muito bom ter netos! Extraordinariamente bom!

 

R.C.: Tem alguns netos que vivem longe de si.

M.H.: Tenho 4 que vivem nos Estados Unidos. O Mateus, o Tito, a Carolina e a Catarina. A minha filha foi para os Estados Unidos, casou com um americano e então, tenho 4 netos que vivem lá, em Madison.

 

R.C.: Como é que vive o amor dos netos à distância?

M.H.: Vivo bem porque nós temos o FACETIME. Esta é uma forma de aproximar as pessoas e que usamos frequentemente. Recentemente estive numa quinta, lá havia galinhas e muito mais… Através das novas tecnologias, mostrei-lhe as galinhas e tudo o resto. Eles estavam num parque e mostraram-me a mim o que andavam a fazer e a ver. As tecnologias facilitam imenso e aproximas as pessoas que vivem longe como é o meu caso com estes netos e a minha filha. Estes netos, costumam vir cá de férias, sempre que posso vou eu lá; Com o programa já não vou lá há 3 anos. Este é o maior período de tempo que eu não fui aos Estados Unidos. A minha filha costuma vir cá com os netos no Verão e vem no Natal. Vivemos bem com a distância. Antigamente é que as pessoas iam para fora e raramente se viam e tinham muitas dificuldades de comunicação.

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“Fui uma daquelas, que com a revolução de abril teve que ir para fora!”

 

R.C.: Também viveu fora de Portugal alguns anos.

M.H.: Sim, vivi seis anos no Brasil! Gostei muito. Na época da revolução de abril, em que muitas pessoas se viram na obrigação de ir viver para fora, eu fui uma daquelas que teve que  ir para fora. Fui para a Amazónia com os meus 3 filhos e o meu marido, fomos trabalhar…

 

 R.C.: Foi no Brasil que desenvolveu o gosto pela área do esoterismo?

M.H.: Não, não foi no Brasil. A área do esoterismo, eu conheço desde que nasci! Portanto, eu não posso dizer… Quando é que começou … pois nem eu sei. Começou quando eu nasci. Eu fui criada nesta área, a minha mãe rezava-me à lua, a minha vizinha ensinava-me a pôr cartas e eu nasci nisto, eu cresci nisto, para mim é tudo muito natural.

As pessoas dizem assim: “Ah mas como você é católica e não sei quê…”. Eu fui educada assim. Mostravam-me as cartas e às 5 horas levavam-me à missa para rezar a missa e o terço e eu fui criada nisto. Para mim é tudo normal uma vez que nasci nisto…

Não foi assim: “Ai tive uma visão!” oi “Tirei um curso”. Não! Eu fui educada nisto de rezar à lua, de saber que luas é que há e, quais as luas que têm influência sobre as pessoas … A lua tem muita influência sobre nós. A lua arrasta massas de água, as marés têm a ver com as luas… Portanto, imaginando que nós somos constituídos por uma grande parte de água, imaginem a influência que a lua não tem sobre nós.

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R.C.: Os netos mais velhos que têm admiração pelo seu trabalho, algum deles dá sinais de que gostava de seguir a área do esoterismo?

M.H.: Até agora, ninguém mostrou essa vontade. Bem, a Catarina que vive na América já falou disso algumas vezes… Mas, ela tem 10 aninhos e aos 10 anos quer-se tudo, depois aos 12 já se quer outra coisa! Mas, não tenho assim nenhum neto que, tenha manifestado um interesse maior pela área do esoterismo, ou que sobressaia mai. Mas, muitas vezes a vida surpreende-nos, coisas surgem do nada e acontecem quando menos esperamos. Portanto, se tiver que ter algum neto que continue esta área, vai acontecer com certeza e irá acontecer naturalmente.

 

R.C.: E os outros netos, está com eles frequentemente?

M.H.: Eu tenho dois netos, mais as duas netas do coração que vivem mesmo ao meu lado na zona oriental de Lisboa. Tenho outros 2 netos que vivem no conselho de Oeiras.

Acompanho com bastante proximidade todos eles.

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” Saúde e preocupação com filhos e netos, são os problemas mais frequentes das pessoas que ligam para o programa”

 

R.C.: No programa que tem na televisão, recebe diariamente chamadas de pessoas mais velhas. Muita são avós. Quais são os problemas mais frequentes das pessoas que telefonam para o programa? Há algum problema que note mais?

M.H.: Há! Há um problema muito frequente, que é o da saúde. Depois, é efetivamente a preocupação com os filhos e os netos. São os dois problemas mais frequentes. Saúde e preocupação com netos e preocupação com filhos.

 

R.C.: E sobre o problema da Solidão? Recebe muitos telefonemas de pessoas idosas que se sintam sozinhas? Há muitas formas de combater a solidão?

M.H.: Sim há. Mas as pessoas não são ensinadas a combater a solidão. As pessoas, acima de tudo devem aprender a gostar de si próprias! Temos que aprender a aceitar as situações e a lutar contra o que não queremos para a nossa vida!

Muitas vezes, os filhos ou os netos não visitar os pais ou os avós, pois a vida nem sempre lhes permite. Se a pessoa aceitar essa situação, o que é que começa a acontecer? Começa a acontecer uma mudança! As pessoas são muito solitárias porque combatem a solidão em vez de a aceitar. Muitas pessoas queixam-se que estão sozinhas e que ninguém lhes liga! Mas que fazem para combater essa solidão? Existem imensas atividades para as pessoas não se sentirem sós. Existe a solidão forçada, que é a das pessoas doentes, isso ai é outra coisa! Mas, a maior parte das pessoas vive sozinha por opção! As pessoas não se mexem para procurar alguma coisa. Muitas pessoas (infelizmente) gostam que tenham pena delas!

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“Muitas pessoas estão à espera que os outros façam tudo por elas!”

 

R.C.: Tem um pouco a ver com a alma portuguesa não? As pessoas gostam que tenham pena delas e preferem viver na escuridão do que ir à procura da luz?

M.H.: Eu penso que sim! Tem um bocado a ver com isso. Mas, penso que as novas mentalidades estão a mudar. Entramos na Era de Aquário e, Aquário é uma Era de mais iluminação. Eu espero que as pessoas se tornem responsáveis pela própria vida porque muitas pessoas estão à espera que os outros façam tudo por elas. Claro que é bom ajudar e é claro que a ajuda vem através dos outros. Devemos ser bons uns para os outros. Nós nascemos para servir. Nós estamos sempre a servir uns aos outros. A vida é isso, uma troca de coisas boas que devemos fazer uns aos outros.

 

R.C.: Com este testemunho, podemos vir a ajudar de alguma forma as pessoas que o vão ler?

M.H.: Sim claro! Portanto, acho que as pessoas têm que tomar as rédeas da própria vida e serem elas a mudar! Enquanto a pessoa não mudar de atitudes, não há mudanças significativas na sua vida. É isto que eu quero dizer às pessoas porque é verdade! Eu só digo coisas óbvias… Eu não digo nada muito importante, só digo tudo o que é óbvio, mas pronto, olha digo e espero que as pessoas entendam.

 

R.C.: Sente que diariamente com as suas palavras, consegue fazer a diferença na vida de muitas pessoas?

M.H.: Sinto sim! Sinto que sim e também sei que dou alento, que há pessoas que gostam de mim e pronto tenho consciência que ajudo sim.

 

R.C.: Faz parte do seu dia-a-dia, ajudar as pessoas que precisam dos seus conselhos?

M.H.: Sim! Mas eu estou-me a ajudar principalmente a mim porque, eu gosto de ajudar os outros e sinto-me bem com isso. É um canal. Nós estamos aqui para nos ajudarmos uns aos outros e estamos em rede e estamos a serviço dos outros. Tanto estão a serviço as pessoas que pensam que estão a servir como aquelas que pensam que não estão a servir. Estamos todos a servir uns aos outros.

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“O exemplo tem de vir dos pais, dos avós …”

 

R.C.:Cada vez é mais notório o afastamento entre os mais novos e os mais velhos. Muitas vezes estão todos juntos mas, cada um está no seu telemóvel, ou no seu tablet…

O que pensa sobre esta situação?

M.H.: Isto tinha de mudar através duma educação! Portanto, se os miúdos estão demasiado tempo no tablet ou com o telemóvel é porque os pais não os sabem educar. Os principais responsáveis são os que educam e deviam dar o exemplo, sejam pais, avós ou educadores! São os educadores que educam e, as crianças só fazem aquilo que os educadores lhes permitem fazer. O exemplo tem de vir dos pais, dos avós … não adianta dizer às crianças, para não passarem a vida a olhar para o telemóvel, quando depois os adultos não largam os seus telefones.

 

R.C.: Este é um problema atual. Há uns anos, falava-se das crianças passarem muito tempo em frente à televisão.

M.H.: Quando eu vim do Brasil, os meus filhos já tinham acesso à televisão 24 horas por dia. No entanto, os meus filhos apesar de terem acesso à televisão 24h por dia, nunca viram tanta televisão assim! Eu dizia-lhes que havia um botãozinho que ligava e que desligava e então ligava-se e desligava-se a televisão. Os meus filhos viam televisão mas com horários controlados pelos pais.

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“Anjos e Milagres, o livro mais recente”

 

R.C.: Já editou quantos livros?

M.H.:Penso que já são cerca de 14 livros. Todos tiveram sucesso. Agora, desde que eu estou na televisão, os meus livros têm mais sucesso ainda pois tenho outra projeção.

 

R.C.: Os livros, são mais uma forma de fazer passar a sua mensagem?

M.H.: Sem sombra de dúvida! Os meus livros, são uma fantástica forma de fazer passar a mensagem. Os livros mais vendidos em Portugal, dentro desta área, têm sido os meus. O que para mim é surpreendentemente. Eu não estava preparada para isso. Nunca pensei porque, eu já escrevia há muitos anos, já tinha editado muitos livros, as pessoas compravam mas não era assim. Eu não tinha a mesma visibilidade. Não tinha a mesma divulgação que tenho hoje. Hoje os livros são um grande sucesso, mais uma forma de passar a mensagem e de me sentir mais próxima das pessoas.

4-conquistar o sucesso profissional

“Os meus livros são uma fantástica forma de fazer passar a mensagem!”

 

R.C.: Quando olha para os últimos 10 ou 15 anos na sua carreira, estava à espera deste sucesso?

M.H.: Eu sempre trabalhei muito e lutei pelos meus sonhos. Via-me sempre bem, via-me sempre com muito sucesso profissional… Acredito piamente que estar de bem com a vida, comigo mesmo, com os outros e com o que nos rodeia, faz diferença na minha vida e, que faz com que o sucesso chegue até mim. Eu sempre quis ter um programa de televisão e consegui realizar esse sonho. Sempre quis escrever livros e também realizei esse sonho. Tudo isto, juntamente com o sucesso do meu consultório, com a minha família e tudo mais, faz de mim uma mulher realizada, agradecida e feliz.

 

R.C.: Lutar pelos seus sonhos, é uma máxima de vida.

M.H.: Sim, porque lutando sempre pelos meus sonhos, tenho acabado por realizá-los, Eu tenho conquistado aquilo que a maioria das pessoas quer e tenho consciência disso. Eu sou abençoada e tenho plena consciência disso. Sou muito grata a Deus, às pessoas. Sou muito grata à vida. A gratidão é um pilar para a felicidade!

Porque, agradecer é a melhor maneira de merecer, esta é a verdade.

 

R.C.: Nós somos muito negativos?

M.H.: Nós devemos corresponder às expectativas que nós temos de nós próprios! Não é e às expectativas que os outros possam ter para nós.

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“Devemos corresponder às expectativas que nós temos de nós próprios e não às expectativas que os outros possam ter para nós.”

 

R.C.: Que outros projectos gostaria de vir a fazer? Ou outros sonhos que gostaria de vir a realizar?

M.H.: Continuar a ser feliz é o meu maior sonho! Acho que as coisas vão surgindo naturalmente. Não tenho assim projetos, meu projeto é continuar feliz! Continuar a encontrar-me, com as pessoas diariamente na rua, e ouvir que a vida dessas pessoas mudou (para melhor) graças aos meus conselhos. As pessoas gostam muito do que lhes digo, tanto através do programa de televisão como nos livros que escrevo, ou no consultório.

 

R.C.: A felicidade deverá ser uma contante…

M.H.: Ser feliz, é o melhor que há! Lutar para sermos felizes é o caminho para encontrar a felicidade. Gostaria de continuar a agradecer as coisas que tenho, levantar-me todos os dias, saber e ter consciência de que é uma nova aventura, uma nova oportunidade e que ganhei mais um dia para ser feliz. Cada vez que eu acordo digo assim “Olha Maria Helena, tens mais uma oportunidade e um dia para seres feliz e ajudar os outros a encontrarem a felicidade que muitas vezes estás dentro das pessoas e elas próprias não a querem encontrar”.

 

R.C.: As pessoas adiam a felicidade?

M.H.: Muitas pessoas sim! Preferem queixar-se da vida que têm em vez de encontrarem a felicidade. A felicidade, muitas vezes está dentro de nós e nós não a queremos ver ou aceitar. Não sabemos até quando vamos andar por aqui. Não sabemos se amanhã acordamos. Portanto, temos que aproveitar e aceitar o que a vida nos dá diariamente. Quando olho para as pessoas que são muito infelizes eu digo “Ok se elas escolhem ser infelizes que lhes faça bom proveito “. Agora, isto é uma questão de inteligência! Se eu não sei quando é que morro é melhor viver bem! Não é?

 

R.C.: Ser feliz é uma escolha?

M.H.: A felicidade, vai muito das nossas escolhas. Nós temos o poder de mudar os pensamentos, os sentimentos, as palavras, os atos, as ações, tudo! Nós temos o poder de tudo. Nós temos a vida nas nossas mãos, a felicidade nas nossas mãos e a nossa vida é aquilo que a gente sabe fazer dela.

Temos que ter a coragem, e afastar-nos das pessoas negativas, das pessoas com más energias! Temos que pensar e agir: ”Esta pessoa está-me a fazer mal, não quero estar com ela! Chega! Pronto!”

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“A felicidade vai muito das nossas escolhas.”

 

R.C: Para onde caminhamos?

M.H.: Eu acho que nós temos aqui dois caminhos na minha ideia. Por um lado as pessoas estão a ficar muito doentes, a humanidade está louca e cada vez está mais loucura. A humanidade está louca e porquê? Porque a humanidade está refém do pensamento. Por causa dos meios de comunicação ficou mais presa ao pensamento. Antigamente, as pessoas falavam mais umas com as outras e havia mais lugar para a parte espiritual. A humanidade só tem dois caminhos, ou se salva ou acaba. Para acabar é seguir este caminho que está a percorrer. Vão destruir o planeta Terra. Mas, se existir uma grande mudança na espiritualidade pode ser que as coisas melhorem. A humanidade ainda tem salvação pela via da consciência. Mas todos nós, somos limitados pelos nossos níveis de consciência e compreensão das coisas. Portanto, acho que há estas duas vertentes. Tenho fé que a Humanidade acorde porque isto é um pesadelo mesmo.

 

R.C.: No seu ponto de vista, ainda existe salvação para a humanidade. 

M.H.: O que acontece é o seguinte, a economia é uma coisa que tem a ver com dinheiros, com coisas materiais e vão destruindo a terra e depois quando morrem não levam nada. Mas, se eles forem desenvolvidos espiritualmente, levam mais amor, mais conhecimento, mais tudo. A pessoa quanto mais espiritual é, mais rica é.

Quando as pessoas dizem “O mundo é governado pelo mal! “ Quando se diz isso, está-se a dizer que o mundo é governado pelo ego. Ou seja, o ego nunca está satisfeito! Há uma parte de nós que nunca está satisfeita que é o ego. Tem a ver com o pensamento. Nunca está satisfeito, quer sempre mais!

O ego que tem a ver com o pensamento foi criado para nos servir. O nosso Eu Superior tem o ego e tem o pensamento para o servir. Mas acontece que, o escravo se tornou senhor. Ou seja, as pessoas de um modo geral, acreditam que aquilo que pensam é verdade, mas não é. A mente chama-se mente porque mente! Portanto a mente é o instrumento que foi posto ao nosso serviço para nos solucionar problemas, situações do dia-a-dia, para nos ajudar e tornou-se nosso dono. Tanto que as pessoas fazem imensos filmes na cabeça e pensam que aquilo é verdade.

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