A Fundação Eugénio de Almeida é uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora.
Descubram mais sobre a família e o fundador aqui: Família Eugénio de Almeida.
Évora é um belíssimo local para visitar. Para além do Templo Romano, da Capela dos Ossos e da Praça de Giraldo, tem outros pontos de interesse, que devem fazer parte dos roteiros de visita de cada um.
Exemplo disso é o Património da Fundação Eugénio de Almeida.
Espreitem aqui um pouco do muito que há para visitar:
“A Herança de Eugénio”
Já todos ouvimos falar da célebre frase de John Steinbeck “As pessoas não fazem as viagens, as viagens é que fazem as pessoas”.
Efetivamente, foi nesta ida a Évora, mais precisamente numa imperdível visita ao Centro de Arte e Cultura que fomos descobrir mais sobre … Lisboa.
Com a fachada principal voltada para o Largo de São Sebastião da Pedreira e muros até ao cruzamento da Rua Marquês de Fronteira, o Palacete de Eugénio de Almeida definia os limites da cidade, no século XVIII.
Ninguém fica indiferente ao muro com ameias e guaritas, nem ao pequeno Castelo por trás desse muro que está precisamente em frente ao Palacete de Eugénio de Almeida
Foi tudo isto que descobrimos na nossa visita a Évora, no Centro de Arte e Cultura.
Venham saber mais sobre o Parque de Santa Gertrudes, a localização da antiga Feira Popular e muito mais.
Este foi também o assunto das crónicas da “avó e do neto” abaixo:
“A Herança de Eugénio”
Évora é um local onde gosto sempre de voltar.
Para mim, é muito mais do que o Templo Romano (erroneamente conhecido como Templo de Diana) e a Capela dos Ossos.
Cada vez que a visito descubro coisas novas (que na verdade são coisas velhas carregadas de história), que me fazem ficar vontade de lá voltar para continuar a descobrir cada vez mais.
Desta vez fui descobrir parte do património da Fundação Eugénio de Almeida e saber mais sobre a família do fundador.
Já conhecia o Centro de Arte e Cultura e as Casas Pintadas. Agora fui conhecer o Páteo e o Paço de São Miguel, a Colecão de Carruagens e o Arquivo e Biblioteca Eugénio de Almeida. Gostei imenso. A vista foi feita pelo André Moreira, um jovem do serviço educativo da FEA, que me fez entrar numa máquina do tempo e me levou a conhecer a família que teve inicio, em 1811, com José Maria Eugénio Almeida e parte do seu património.
Esta família foi uma das mais poderosas e influentes do Séc. XIX.
Imagina que foi nesta visita que fiquei a saber muito mais sobre edifícios de Lisboa, com os quais nos cruzamos diariamente. A família tinha como residência principal o Palácio de São Sebastião da Pedreira o palácio que hoje pertence ao Exército. Em frente existe, como sabes, a Casa de Santa Gertrudes conhecida por muitos como o “Castelo das Avenidas Novas”. Fiquei a saber que este belo edifício, que tem uma grande torre com relógio, foi durante anos uma cavalariça, imagina.
Eugénio de Almeida teve a ideia de fazer este castelo depois de um anfitrião escocês ter acusado os portugueses de nada saberem sobre cavalos. Não fez por menos, construiu as cavalariças inspirado no castelo onde vivia o escocês.
Sempre gostamos de provar que não somos inferiores a ninguém!
Temos que combinar um passeio a Évora. Estou com muita vontade de conhecer o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli e o cenário idílico das vinhas da Adega Cartuxa.
Bjs
Querido neto,
Conforme falamos muitas vezes, nada como viajar para alargar o nosso conhecimento. Imagina, ires a Évora e a ser na Fundação Eugénio de Almeida que foste descobrir tanto sobre a antiga Freguesia de São Sebastião da Pedreira (agora chamada de Avenidas Novas), onde vivi toda a vida e onde tu nasceste. Estamos sempre a aprender!
Acho que se perguntasse hoje a um lisboeta onde ficava o Parque de Santa Gertrudes ele devia pensar que eu era maluquinha.
Maluquinha ainda não sou (ou não sou mais do que sempre fui)—mas sou velha. Mas não tão velha para ter conhecido tudo o que aquele espaço foi até aos dias de hoje.
Não me lembro do tempo em que foi Parque de Santa Gertrudes. De 1883 a 1895 foi ali o Jardim Zoológico de Lisboa, que eu tenho muita pena de não ter chegado a tempo de ver – mas, vá lá, cheguei a tempo de ver a inauguração da Feira Popular, que nasceu no mesmo lugar.
Estava sempre lá caída. O comboio fantasma, com esqueletos e bruxas a abraçarem-nos na escuridão; o poço da morte; a cigana que parecia que se partia pela cintura, à porta de um casinhoto, a gritar que nos queria ler a sina. Era tão famosa que, um dia, numa revista do Parque Mayer, a Dora Leal a retratava tal como ela era, repetindo “um escudo, um escudo que a Dora diz tudo” (só o nome é que mudava). Hoje neste espaço existe a Gulbenkian. Do passado restam as memórias e os edifícios que referiste.
Quando a Feira Popular saiu daqui, só algumas destas coisas é q continuaram. Hoje, infelizmente, nem Feira Popular temos em Lisboa.
Se calhar, por estas e por (muitas) outras é que acabei por deixar Lisboa e imigrar para a Ericeira.
Gosto muito de Évora. Falas com a Fundação Eugénio de Almeida para realizarem a minha exposição nessa belíssima cidade?
Já não vou a Évora há muito tempo. Estou com saudades. Levas a avó? Adoro entrar em máquinas do tempo e de comida alentejana, como sabes.
Bjs